Situado em um dos mais importantes eixos de negócios da capital paulista, o Faria Lima Business Center atende a um programa de necessidades atípico em relação a outras realizações do grupo Itaú. Trata-se de uma solução bipartida que responde a dois usos distintos. O embasamento abriga a agência bancária, enquanto o corpo principal reúne escritórios para comercialização. Esta solução foi adotada para viabilizar economicamente o empreendimento, já que o terreno está numa das regiões mais valorizadas da cidade.

Além disso, a opção pelo arranjo volumétrico bipartido espelha também outros fatores considerados no processo projetual e construtivo. A partir da solicitação de colocar a agência em funcionamento no menor prazo possível, estabeleceu-se que a execução se desenvolveria em duas etapas, evitando ao máximo possíveis interferências de uma sobre a outra. Assim, dever-se-ia concluir por completo o embasamento e os subsolos para, a seguir, se iniciar a construção da torre.

O embasamento do Faria Lima Business Center contempla instalações para a agência, segundo um esquema de operação rígido definido pela instituição. Há 4 setores principais: o auto-atendimento, que reúne os caixas eletrônicos e hall de entrada/antecâmara de segurança; a área de caixas; a expedição; e a gerência (estes três últimos setores no salão principal).

Já a torre é composta de 11 pavimentos-tipo em planta livre para escritórios panorâmicos, com a possibilidade de subdivisão de cada um em 2 conjuntos distintos. A geometria acentuadamente longilínea dos andares possibilita layouts nos quais se pode usufruir de maior contato com a luz natural e vistas para a cidade.

Quanto ao projeto estrutural concebido pela França e Associados Projetos Estruturais, a contenção mereceu atenção especial. Além das paredes diafragma, algo notável neste projeto é o sistema de travamento desta contenção em um dos lados do terreno. Na impossibilidade de se atirantar a cortina em decorrência da proximidade do edifício vizinho no fundo do terreno, foi concebida uma laje no primeiro subsolo que trabalha como uma viga horizontal protendida para travamento da cortina. Apenas a partir da construção desta laje é que foi possível continuar a escavação dos subsolos em segurança.

Arquitetura | Julio Vieira, Itaúplan
Incorporadora | Itaúplan
Área do terreno | 1.786m²
Área construída | 14.905m²
Local | São Paulo, SP
Início do projeto | 1994
Conclusão da obra | 1997

Ao continuar navegando em nosso site, você concorda com a nossa política de privacidade. Leia nossa política aqui.