D.O.M. Hotel

O D.O.M. Hotel é um empreendimento do ramo hoteleiro idealizado para as esquinas mais cobiçadas da capital paulistana, entre a Rua Augusta e a Alameda Franca, no bairro Jardim Paulista. Concebido pelo chef de cozinha Alex Atala, em parceria com diferentes investidores e a empresa do ramo imobiliário Inovalli, a proposta do edifício é unir a hotelaria, com luxuosos quartos e apartamentos, à alta gastronomia, com diferentes restaurantes distribuídos em uma torre única de 35 pavimentos.

O projeto arquitetônico, assinado pelo escritório Gui Mattos Arquitetura, prevê fachadas com diferentes combinações de formas e texturas que dão ao alto edifício uma presença marcante e de especial destaque na região onde será implantado. Além disso, as fachadas, por serem compostas de amplas aberturas em todos os pavimentos, favorecem todos os apartamentos e quartos com uma vista privilegiada da cidade, em todas as direções.

O pavimento térreo ainda traz uma planta permeável ao nível do pedestre e um projeto de paisagismo convidativo que também conecta, por meio da vegetação nas fachadas, os pavimentos do embasamento acima dele.

O projeto de estruturas do D.O.M. Hotel destaca-se não apenas pelas ousadas estratégias exigidas pelo projeto de arquitetura, mas também pela forma com que esta interação entre disciplinas foi conduzida.

Assim, com o uso de modelos 3D integrados pela tecnologia BIM, as diversas alterações necessárias para viabilizar uma solução estrutural eficiente - ao mesmo tempo que se garantia uma solução arquitetônica interessante - foram simuladas de modo dinâmico, ágil e, muitas vezes, durante as próprias reuniões de discussão entre equipes.

A solução final do embasamento, onde múltiplos pilares inclinados compõem a transição entre os pavimentos-tipo e o térreo, é fruto desta intensa e dinâmica interação entre equipes. E esta interação marcante não seria possível sem o uso do processo BIM durante todas as etapas de projeto e gerenciamento da obra.

Ao final, os pilares inclinados não apenas proporcionam estabilidade e segurança à estrutura, mas também viabilizam uma solução eficiente, econômica e esteticamente atraente.

Durante os estudos iniciais para a solução das transições de pilares entre os pavimentos da torre e seu embasamento, por exemplo, esta interação foi de especial importância para maximizar o resultado final. A proposição original, que previa a diminuição do número de pilares no embasamento e consequentes altas vigas de transição entre pavimentos, foi discutida intensamente entre as equipes de estrutura e arquitetura de modo que as soluções estruturais de transição pudessem ser 100% absorvidas pelo projeto arquitetônico.